Do Blog do Magno Martins

Tão logo postei a coluna de sexta-feira trazendo indicativos de que o nome do deputado federal Danilo Cabral havia se cacifado na disputa interna para indicação do candidato a governador da Frente Popular, alguns figurões que tomam o cafezinho frio de fim de Governo no Palácio das Princesas bisbilhotaram ao contrário.

Virou, na verdade, pelo que conclui, uma corrente pelo pré-candidato preferencial de cada grupo do hoje dividido PSB. Apareceram logo as mensagens de que Danilo não tem chances e que o candidato é Tadeu Alencar. Outros disseram que o governador Paulo Câmara não abre mão de bancar Zé Neto, amigo do peito, que despacha simpatias na chefia da Casa Civil. 

Adeptos da corrente pró Fernandha Batista ainda não jogaram a toalha, embora as chances da secretária de Infraestrutura ser ungida são mínimas. E tem também os que torcem por um nome fora do PSB, como o senador Humberto Costa, tese que os arraesistas e eduardistas históricos, do tempo do café quentinho no Palácio das Princesas, não botam fé e fazem figa para não se consolidar.

Humberto candidato seria jogo de amador: o PSB, depois de tanto tempo no poder, entregar de mão beijada a chave do cofre ao PT. Essa hipótese atenderia apenas ao desejo do governador Paulo Câmara se lançar candidato ao Senado, o que, convenhamos, só passa na cabeça dele. Com popularidade rastejando, Câmara também seria um fardo majoritário para o PSB carregar na campanha.

Enfim, ainda existe a corrente dos adeptos do candidato-surpresa, mas ninguém revela o nome. Pelo jeito, a situação da Frente Popular, já 2022 batendo à porta, está mais mais para aquelas novelas mexicanas, que nunca têm fim.