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Data:2021-12-02 20:57:41 Hora: | postado: Josevânio | Em: Esportes

Bahia abre 2 a 0, cede virada em cinco minutos, fica no Z4 e vê Atlético-MG ser campeão do Brasileirão

O Campeonato Brasileiro de 2021 já tem um campeão. Depois de 50 anos, o Atlético Mineiro volta a levantar a taça, tendo a Arena Fonte Nova como palco da festa, em um enredo nada feliz para o Bahia. Depois de abrir 2 a 0, já no segundo tempo, o Esquadrão cedeu uma virada em cinco minutos e acabou derrotado por 3 a 2, se complicando na zona de rebaixamento e deixando um sabor muito amargo nos quase 30 mil torcedores que foram assistir ao jogo.

Em campo, o Bahia conseguiu fazer um primeiro tempo de muito equilíbrio, segurando a pressão do Atlético e tentando trabalhar no campo de ataque, ainda que apresentando dificuldades para entrar na área.

Na etapa final, com o jogo mais aberto, Luiz Otávio e Gilberto, aos 16 e aos 20, abriram o placar para os mandantes. Mas, quando tudo parecia caminhar para uma vitória que tiraria o Bahia da zona de rebaixamento, o Galo virou com Hulk, de pênalti, aos 27, e Keno, em chutes da entrada da área, aos 28 e 32.

Como fica?

Com o triunfo, o Galo já garantiu o título, não podendo mais ser alcançado pelo Flamengo, que, inclusive, já selou o vice. Para o Esquadrão, a derrota deixa o time com 40 pontos, dois a menos que o Athletico-PR, primeiro time fora da zona de rebaixamento.

A situação, porém, é mais complicada, uma vez que todos os seus rivais diretos ainda terão mais três jogos para fazer, enquanto, para o Tricolor, só restam duas partidas.

Agora, na penúltima rodada da Série A, o Bahia volta a campo no domingo, às 16h, recebendo o Fluminense. Depois, o time encerra a temporada visitando o Fortaleza às 21h30 da quinta. Os jogos do Atlético serão nas mesmas horas. O primeiro, recebendo o Red Bull Bragantino, e o último, visitando o Grêmio.

Bahia chuta de fora, Atlético leva mais perigo

Precisando vencer para confirmar ainda hoje o título do Brasileirão, o Atlético foi para cima e até conseguiu ter um claro domínio nos primeiro minutos. Mas, com o tempo, o Bahia ajustou a sua marcação e conseguiu tomar um domínio defensivo, contendo as jogadas mineiras no meio de campo e rondando a área alvinegra.

Mesmo segurando a pressão atleticana, o Bahia seguiu com dificuldades criativas. O número de finalizações no primeiro tempo foi equilibrado (7×6), mas os mandantes só entravam na área nos lances de bola parada. Assim, o Tricolor não conseguiu encontrar espaço para nenhuma finalização certa.

Nisso, a etapa acabou em um equilíbrio na faixa central de campo. Buscando espaços na linha de defesa baiana, o Atlético era bem mais perigoso, conseguindo, inclusive, ter a melhor chance do jogo, aos 39, quando Nacho conseguiu se infiltrar pela direita, entrar na área e, cara a cara com Danilo Fernandes, bater forte para boa defesa do arqueiro tricolor.

A virada histórica do Galo

Depois do intervalo, com duas equipes interessadas apenas no triunfo, o jogo ficou mais aberto, com boa criação dos dois lados. Assim, encontrando mais de espaço e os dois times conseguiam chegar melhor ao ataque.

E foi nessa pegada que o Bahia desencantou. Aos 16, um escanteio cobrado da direita terminou na cabeça de Luiz Otávio, que completou para o gol. Quatro minutos depois, Matheus Bahia fez um cruzamento rasteiro da esquerda e Gilberto apareceu na área para ampliar.

Atrás no placar, o Galo aumentou muito a pressão, enquanto o Esquadrão abaixou as linhas, dando espaço para o Atlético pensar o jogo no campo de ataque. Era o que os mineiros precisavam.

Aos 25, Sasha entrou na área e foi derrubado por Luiz Otávio. A cobrança do pênalti de Hulk, aos 27, foi o início da reação, que seria seguida por dois gols de Keno em chutes seguidos da entrada da área aos 28 e aos 32 minutos do segundo tempo. Aí foi a vez do alvinegro abaixar as linhas e entrar na contenção. O Bahia ainda tentou bastante um novo empate, mas já não teria mais força para essa reação, selando o 3 a 2.

Ficha do jogo

Bahia (2)
Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Germán Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Lucas Mugni (Danielzinho), Patrick de Lucca e Rodriguinho (Ronaldo César); Rossi, Raí Nascimento (Indio Ramírez) e Gilberto (Hugo Rodallega). Técnico: Guto Ferreira.

Atlético Mineiro (3)
Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Tchê Tchê, Matías Zaracho (Igor Rabello) e Nacho Fernández (Eduardo Sasha); Eduardo Vargas (Nathan), Keno (Dodô) e Hulk. Técnico: Cuca.

Local do jogo: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (Fifa-SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Gols: Luiz Otávio (16’/2ºT | BAH), Gilberto (20’/2ºT | BAH), Hulk (27’/2º T | CAM), Keno (28’/2ºT | CAM), Keno (34’/2ºT | CAM)
Cartões amarelos: Lucas Mugni, Patrick de Lucca (BAH), Guilherme Arana, Eduardo Sasha e Nathan (CAM)
Público: 29.228 torcedores
Renda: R$ 708.246,00

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