O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), segue nas articulações para ter o nome ratificado como o candidato da oposição ao governo de Pernambuco. Após fazer uma série de reuniões com prefeitos e deputados pernambucanos, muitos que são até da base do governo Paulo Câmara (PSB), ele agora investe nas articulações em Brasília. Ontem o emedebista teve reuniões com o presidente nacional do MDB e com o ministro Gilson Machado Neto.

Claro, que um dia pode mudar tudo na política, mas se a eleição fosse hoje, o nome de Miguel Coelho é apontado como o mais provável para entrar na disputa contra o PSB, que deve ter como provável candidato ao governo o ex-prefeito Geraldo Júlio, que atualmente é secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, pasta com visibilidade na atual conjuntura.

Fontes consultadas pelo blog garantem que o senador e líder do governo Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, já estaria disposto a abrir mão da reeleição para apoiar o nome do filho ao governo. “Ele tem vontade de ser governador, mas se Miguel for mesmo candidato e vencer, ele estaria realizado”, disse uma fonte consultada pelo blog sobre a possibilidade de FBC não ser candidato a reeleição.

A ideia seria convencer o MDB a ter candidatura própria e ofertar vagas de vice e senado para partidos aliados, entre eles estaria o PSDB, da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra e o PL, de Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Desse trio de gestores sairá o nome do indicado pela oposição para disputar o governo. Desde a eleição passada, quando Miguel trocou o vice na cidade de Petrolina, que ele demonstra claras intenções de disputar.

No quesito de buscar alianças, Miguel também sai na frente. Caruaru é um exemplo disso. Ele esteve recentemente em reuniões com os deputados Wolney Queiroz e Tony Gel e ambos não hesitaram em fazer pose para fotos e mandar recados ao Palácio do Campo das Princesas. Devido ao clima ruim que existe em Caruaru, não se imagina Raquel fazendo esse tipo de encontro.

Ele também foi o mais votado dos três, proporcionalmente na eleição de 2020, e devido ao pai ser aliado de primeira ordem do Governo Federal, Petrolina não para de receber recursos e tem muito menos problemas na zeladoria da cidade, como é o caso de Caruaru e Jaboatão. No entanto, a decisão sobre o nome será feita com base em pesquisas e não apenas na vontade de alguém ser candidato.

Caso o nome de Miguel não vingue, ele pode disputar uma vaga de deputado federal, já que os Coelhos hoje construíram lastro para reeleger Fernando Filho e ter também Miguel Coelho na Câmara dos Deputados. Ainda falta mais de um ano para a eleição e pouco menos de 365 dias para a desincompatibilização dos possíveis candidatos, mas de fato, se a eleição fosse hoje, Miguel Coelho iria disputar o pleito.

Blog do Mário Flávio