Atenta aos acontecimentos de 2020 que culminaram na polarização entre PT e PSB na disputa pela prefeitura do Recife, a oposição composta por DEM, PSDB, PL, PSC, Cidadania e uma dissidência do MDB, começa a se movimentar no sentido de definir a chapa majoritária para não repetir a autofagia do pleito passado e consequentemente beneficiar o PSB.

Para isso, há uma corrente defendendo que a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, deixe o cargo em abril do próximo ano para ser candidata a vice-governadora. Gestora mais discreta, Raquel garantiria a presença do Agreste na chapa majoritária e repetiria pleitos vitoriosos anteriores quando a região acabou emplacando o candidato a vice-governador.

Já para as outras duas vagas, a de governador e a de senador, há duas opções colocadas no campo da oposição. A primeira seria a do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho,  candidato a governador, e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, candidato a senador. Com os três prefeitos deixando seus cargos, a oposição emitiria um sinal de unidade e outro de confiança para atrair partidos governistas no enfrentamento ao PSB.

A segunda opção seria a permanência de Miguel Coelho na prefeitura de Petrolina, e o senador Fernando Bezerra Coelho disputar a reeleição, neste contexto Raquel continuaria na vice e Anderson Ferreira seria o candidato do grupo a governador. Há quem afirme que esta definição, ainda que tacitamente, deverá sair já no segundo semestre de 2021, o que facilitaria a movimentação da oposição no estado para chegar fortalecida em 2022 depois de quatro derrotas consecutivas para o PSB.

Blog do Edgar Lyra