O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a condenação de Sari Mariana Costa Gaspar Corte Real pelo crime de abandono e morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas 5 anos. O promotor do caso, Humberto Graça, protocolou parecer na última sexta-feira (3).

A denúncia foi apresentada em julho do ano passado e aceita pela Justiça em agosto de 2020. Conforme manifestação da Promotoria, as idades de Sari e de Miguel serviriam para que houvesse "um comportamento diferente da acusada, pois naquele momento, não apenas convencer e demover a criança de seu intento seria o esperado, mas sim remover a criança do elevador e conduzi-la em segurança de volta ao interior do apartamento, (...) ou seguir com ela no elevador ao encontro da mãe (...). O que não poderia ter acontecido era o abandono da criança no interior de um elevador”.

Os advogados da mãe de Miguel, Mirtes Renata Souza, também participam do processo como assistentes da acusação e também entregaram as alegações finais na sexta. No documento, afirmam que a defesa de Sari Corte Real tenta transformar o menino de cinco anos em adulto e, ao mesmo tempo, infantilizá-la. “Não se pode admitir que se negue a infância de Miguel Otávio”, traz a alegação.

O processo nº 0004416-62.2020.8.17.0001 será encaminhado para que a defesa se manifeste e que a Justiça decida. Caso seja condenada, Sari pode pegar até 12 anos de prisão.

Relembre o caso

O garoto Miguel Otávio Santana da Silva faleceu em 2 de junho de 2020, após cair de aproximadamente 35 metros de altura, em um edifício no centro do Recife. A morte ocorreu enquanto estava sob os cuidados de Sari Corte Real, para quem a mãe do garoto trabalhava.

Mirtes Renata teve de sair para passear com o cachorro de Sari Corte Real, enquanto o filho ficou sozinho no elevador. Sari era primeira-dama de Tamandaré, cidade do Litoral Sul de Pernambuco. Seu marido, Sérgio Hacker (PSB), não conseguiu se reeleger.

*Com informações do Correio Braziliense