EXCLUSIVO DO BLOG DO MAGNO MARTINS

Além de pedir penas máximas que podem chegar a 22 anos de prisão em regime fechado, o Ministério Público Federal (MPF) também pede a pena de perda do cargo público para três denunciados na Operação Apneia que ocuparam funções de servidor público.

"Na oportunidade, o MPF pugna pela decretação da perda do cargo/função pública dos denunciados que porventura estejam ocupando cargos públicos, como efeito imediato e incondicional da condenação, nos termos do art. 92, I, a, do CPB", requereu o MPF na denúncia criminal.

O único denunciado que ainda tem cargo público é o ex-secretário Jailson Correia, que ocupa um cargo efetivo de médico concursado no Governo do Estado. O secretário estadual de Saúde André Longo chegou a fazer a lotação de Jailson Correia, como médico efetivo, no gabinete da Secretaria Estadual, após Jailson ser exonerado do cargo de confiança na Prefeitura do Recife. O ato de André Longo em favor de Jailson Correia foi publicado no início de abril. Com a portaria de André Longo, Jailson não precisa dar expediente em hospitais, como médico concursado.

Felipe Bittencourt, conhecido na Prefeitura como homem-forte de Geraldo Júlio nas compras da covid-19, desde muito jovem sempre ganhava cargos em comissão nas gestões do PSB através de seu padrinho (na Igreja), o ex-prefeito Geraldo Júlio. Em 2020, teve que ser retirado da Prefeitura do Recife por ordem da Justiça Federal, em medida cautelar, em outra operação por compras na covid-19. Felipe ainda tentou, em habeas corpus, que o TRF revogasse sua medida cautelar, mas só conseguiu em parte o pedido, já em 2021.

Mariah Bravo tinha um cargo em comissão de importância na Secretaria de Saúde do Recife. Foi exonerada em 2021, dias antes da Polícia Federal (PF) revelar, em entrevista, que ela seria uma das indiciadas na Operação Apneia. Ela é sobrinha do presidente estadual do PSB e secretário estadual de Desenvolvimento Social, Sileno Guedes.