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Data:12-04-2021 Hora: 05:41:06 AM | postado: Josevânio Miranda | Em: Pernambuco

O corrupto e o suspeito

Candidato ao Planalto em 22, liberto da prisão pela leitura equivocada do STF em relação à prisão em segunda instância, já com direitos políticos reconquistados pelo ministro Edson Fachin, da mesma corte, nomeado por Dilma, o ex-presidente Lula já pode contar, novamente, com o velho aliado de ocasião, o PSB.

 

O casamento está praticamente reatado. Se deu, de início, por um flerte, teve o noivado confirmado na conferência da última quarta-feira, na qual fizeram juras de amor o próprio Lula com o governador Paulo Câmara e a tropa socialista no Estado, com exceção do prefeito João Campos, uma espécie de noiva comprometida da boca para fora com Ciro Gomes, pré-candidato do PDT.

 

PT e PSB nunca falaram a mesma língua e vivem feito o gato e o rato. Dependendo do tamanho do queijo, dão-se as mãos por conveniência. No Recife, quem tirou o PT da Prefeitura foi Eduardo Campos, então principal líder do PSB. Sabido, viu que João da Costa ou qualquer candidato petista seriam inelegíveis, diante da má gestão de Costa, invenção de João Paulo, tirou Geraldo Júlio do bolso do colete.

 

Ilustre desconhecido, o candidato do PSB se elegeu com o mote “Foi Geraldo quem fez”, tomando para si um quinhão de obras com o DNA de Eduardo. Uma mentira deslavada, diga-se de passagem. Mais tarde, PSB e PT viram que perderiam a eleição para Marília Arraes em 2018, se uniram, mais uma vez, desta feita para reeleger Paulo Câmara e dar mais oito anos de mandato a Humberto Costa no Senado, que não se elegia nem federal.

 

Agora, 2022 é pleito de ocasião para PT e PSB. Lula precisa de tempo de TV e palanque nos Estados, enquanto o PSB, para se manter eternamente no poder em Pernambuco, vai pegar carona na face mítica de Lula. Assim, Lula terá um vice do PSB na chapa presidencial e Geraldo, o pior prefeito do Recife, alvo de seis operações da Polícia Federal, será beatificado santo por Lula nas andanças pelo Estado.

 

A política, para PSB e PT, conforme mostra a história, é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros. Tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano. Já ouvi que a guerra política é aquela em que todos atiram pelos lábios. Lula e o PSB mentem e enganam de longe, pela leitura labial. Vencer na política, para ambos, não é tudo: é a única coisa. Para PSB e PT, o que não é possível é falso.

 

Abraçados, Lula, o chefe da quadrilha da Lava Jato, e Geraldo, o hexa em operações da Federal em busca do dinheiro federal da pandemia desviado, vão confirmar, com o tempo e a prática, a velha afirmação conceitual, de que num estado democrático existem duas classes de políticos: os suspeitos de corrupção e os corruptos.

 

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